Projeto de lei garante salas de acolhimento para mulheres vítimas de violência em delegacias de municípios sem especialização.

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 24 de maio de 2024, um projeto de lei que tem como objetivo reservar salas exclusivas para o acolhimento de mulheres vítimas de violência em delegacias de municípios que não possuem delegacias especializadas de atendimento à mulher. A proposta, de autoria da deputada Delegada Adriana Accorsi (PT-GO), recebeu parecer favorável da relatora, deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP).

Segundo a relatora, a existência de uma sala de apoio separada do atendimento comum é fundamental para garantir um atendimento adequado às mulheres vítimas de violência. Essa sala deve contar com condições específicas de funcionamento para oferecer um acolhimento adequado e especializado.

Atualmente, a lei que regula o funcionamento das delegacias especializadas estabelece que, nos municípios sem esses espaços, a unidade existente deve priorizar o atendimento da mulher vítima de violência por uma agente feminina especializada. No entanto, a deputada Adriana Accorsi ressalta que essa norma não garante um atendimento satisfatório.

Além da reserva de uma sala específica para o atendimento à mulher, o projeto de lei também prevê que o ambiente funcione ininterruptamente, conte com uma equipe multidisciplinar e tenha um espaço destinado a crianças e adolescentes que estejam acompanhando a vítima.

A proposta foi aprovada na forma de um substitutivo que promove alterações apenas na redação do texto original. O projeto seguirá em tramitação, sendo analisado pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, Finanças e Tributação, e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Com isso, ações concretas estão sendo tomadas para garantir um atendimento mais eficaz e humanizado às mulheres vítimas de violência nos campos da segurança pública e da defesa dos direitos das mulheres. Ainda há um longo caminho a percorrer, mas iniciativas como essa representam um avanço significativo na proteção e amparo às mulheres em situações de vulnerabilidade.

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