A acusação principal que motivou a abertura do processo é a participação de Brazão, tanto como vereador quanto como deputado, no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes em 2018. Segundo a Procuradoria-Geral da República, Brazão foi um dos mandantes do crime, enquadrando as condutas como crimes hediondos e de altíssima gravidade.
A relatora Jack Rocha destacou a gravidade das acusações e ressaltou a necessidade de investigação e punição caso as acusações sejam comprovadas. A defesa de Brazão, realizada pelo advogado Cleber Lopes, alegou que os fatos ocorreram antes do mandato na Câmara dos Deputados e, portanto, não deveriam ser motivo para cassação.
Após a decisão do Conselho de Ética, foi aberto um prazo de dez dias úteis para que Brazão apresente sua defesa por escrito. Enquanto isso, parlamentares como Jorge Solla (PT-BA) manifestaram apoio ao parecer de Rocha, destacando a importância da apuração dos fatos.
Além do caso de Brazão, outros processos foram discutidos na reunião do Conselho. O relator Guilherme Boulos recomendou o arquivamento da representação contra o deputado André Janones (Avante-MG), motivada por uma gravação que indicaria suposta irregularidade no pagamento de assessores.
A reunião também contemplou o sorteio do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) para compor a lista tríplice que escolherá o relator da representação contra o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), acusado de agredir fisicamente um militante do Movimento Brasil Livre durante uma sessão na Câmara.
A votação sobre os pareceres e as futuras decisões em relação aos processos abertos prometem movimentar o cenário político nas próximas semanas. Acompanharemos atentamente as novidades e desdobramentos desses casos de grande repercussão no Brasil.
