Governo antecipa pontos do Plano Nacional de Abastecimento Alimentar para enfrentar desafios de distribuição e produção alimentar

Na manhã de quinta-feira (9), o governo federal adiantou alguns pontos do Plano Nacional de Abastecimento Alimentar durante uma audiência na Câmara dos Deputados. Com lançamento previsto para julho, essa política pública visa resolver questões relacionadas à insegurança alimentar, pressão inflacionária sobre a cesta básica e desajustes na produção, distribuição e consumo de alimentos. A coordenação está a cargo do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Durante a audiência, o secretário nacional de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar, Milton Fornazieri, destacou a importância do plano, especialmente diante dos recentes problemas de preço e distribuição do arroz no Rio Grande do Sul, principal produtor do grão no país. Fornazieri ressaltou a necessidade de diversificar e expandir a produção de alimentos, aproximando-os mais dos consumidores.

Os principais eixos do futuro Plano Nacional de Abastecimento Alimentar serão a produção de alimentos saudáveis, o combate ao desperdício e a implementação de ações de educação alimentar e nutricional. Para atingir esses objetivos, o plano prevê a criação de sacolões, unidades de abastecimento populares e bancos de alimentos nos Ceasas.

Além disso, está programada a criação de um observatório de preços para regular flutuações excessivas, conforme explicou Roseli Zerbinato, coordenadora de Aquisição e Distribuição de Alimentos do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo ela, o plano será executado de forma estruturada, com diagnósticos, programas, ações, indicadores, metas, prazos, monitoramento e avaliação.

O deputado Padre João (PT-MG), organizador da reunião, anunciou novos debates na Comissão de Agricultura para contribuir com os ajustes finais do plano, abordando temas como a nova cesta básica e o guia alimentar. A audiência também contou com a participação do Ministério da Agricultura e do Conselho Federal de Nutricionistas.

Com apoio da FAO, órgão da ONU para Agricultura e Alimentação, o plano conta com a participação de sete ministérios, além da Conab e dos conselhos nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional e de Desenvolvimento Rural Sustentável. CeasaMinas e Ceagesp devem integrar o projeto, sinalizando uma possível retirada das empresas públicas federais do Programa Nacional de Desestatização.

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