O promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Eduardo Tostes, e o membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP, Flávio Campos, estavam presentes na discussão. O médico do Consultório na Rua, Gabriel Pereira, defendeu um acompanhamento intersetorial e criticou a internação como única solução na política municipal de álcool e drogas.
Gabriel destacou a importância do fortalecimento do Consultório na Rua como uma política de atenção básica para cuidar da população em situação de rua. Ele também apontou que a política municipal de álcool e drogas tem uma visão desumana e reforça estigmas. O psicólogo do CAPS Infantil de Cidade Ademar, Diego Rennó, compartilhou experiências e criticou a mudança de abordagem do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas em relação ao antigo serviço Cratod.
Ativistas e vereadoras também se manifestaram sobre a recente restrição imposta pela Polícia Militar à distribuição de alimentos e água na região central de São Paulo. O presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, Robson Mendonça, lamentou as ações e considerou que a atitude da polícia causa revolta. A vereadora Luna Zarattini, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, se comprometeu a investigar as denúncias e buscar soluções.
Na reunião, foram aprovados requerimentos relacionados a políticas municipais para pessoas trans, relatórios sobre álcool e drogas, e um seminário sobre a situação das pessoas em situação de rua. O encontro foi marcado por debates intensos e propostas de melhoria nos cuidados e na assistência a essas populações vulneráveis.