Com a água atingindo a altura do peito em sua rua, Marcos se viu obrigado a deixar sua casa junto com sua família, incluindo o cachorro, e buscar abrigo no Colégio Júlio de Castilhos, um dos locais que está acolhendo as pessoas afetadas pelas enchentes na região. No entanto, a quantidade de pessoas no abrigo já é grande, o que motivou Marcos a sair em busca de uma tomada para carregar seu celular em um shopping próximo.
A situação não é menos crítica para o advogado Samuel Tomazi, que se mudou recentemente para Porto Alegre, vindo de Encantado, cidade também atingida pelas enchentes. Sem luz desde sábado, Samuel costumava carregar seus dispositivos em um hospital próximo de sua residência, mas agora foi impedido de fazê-lo. Em busca de uma alternativa, ele se dirigiu ao shopping Total em busca de uma tomada disponível.
As enchentes no Rio Grande do Sul já deixaram 100 mortos e 128 desaparecidos, com um total de 163.720 desalojados. Mais de 400 mil pontos estão sem luz e meio milhão de pessoas estão sem água em decorrência das tempestades que assolam a região. A situação é considerada uma tragédia sem precedentes, afetando 417 municípios do estado.
