Programa de Energia Solar para Baixa Renda prevê investimentos de R$ 60 bilhões em 10 anos – Câmara dos Deputados aprova projeto.

Na última terça-feira (07/05/2024), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que visa implementar um programa inovador para a geração de energia elétrica destinada a famílias beneficiárias da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE). Esse projeto consiste na criação de créditos de energia provenientes de usinas solares, com o objetivo de substituir gradualmente a tarifa social de energia elétrica.

De autoria do deputado Domingos Neto (PSD-CE), o projeto aprovado é um substitutivo do deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) para o Projeto de Lei 624/23, incorporando também o PL 4449/23, apresentado pelo deputado Pedro Uczai (PT-SC).

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De acordo com Uczai, a proposta prevê investimentos de R$ 60 bilhões ao longo de 10 anos, visando beneficiar a população de baixa renda com a transição para a energia solar. O programa, chamado de Renda Básica Energética (Rebe), tem como objetivo gerar empregos e indústria no Brasil, além de promover a diminuição da tarifa de energia para todos os consumidores.

O deputado Domingos Neto destacou que o programa beneficia as famílias carentes ao fornecer acesso a painéis solares e reduzir os custos com energia, ao mesmo tempo em que contribui para a preservação do meio ambiente. Com a implementação do Rebe, os futuros reajustes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) serão reduzidos, pois o custo da tarifa social será suprido pela energia gerada nas usinas solares.

O programa Renda Básica Energética pretende substituir progressivamente os subsídios destinados à TSEE pela energia produzida nas centrais de energia solar fotovoltaica, beneficiando os consumidores de baixa renda com consumo até 220 kWh/mês. As centrais serão instaladas preferencialmente em áreas rurais, sobre a superfície de reservatórios de água ou no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida.

A gestão financeira e operacional do Rebe ficará a cargo da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A. (ENBPar), formada após a privatização da Eletrobras. A empresa poderá gerenciar o programa diretamente ou por meio de cooperativas de energia solar, associações ou condomínios locais, garantindo transparência e eficiência na execução do projeto.

Para financiar os projetos do Rebe, o PL 624/23 prevê o uso do orçamento da União, transferências à ENBPar, à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a possibilidade de empréstimos junto a bancos públicos ou privados. As linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão direcionadas para infraestrutura, fabricação de bens e prestação de serviços relacionados ao programa.

Com a implementação do programa Renda Básica Energética, espera-se promover a inclusão social, a geração de empregos e o desenvolvimento sustentável no Brasil. A transição para a energia solar poderá representar uma mudança significativa no setor energético nacional, beneficiando não apenas as famílias de baixa renda, mas também todo o país. A aprovação desse projeto reforça o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e a busca por soluções inovadoras para as demandas energéticas da população.

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