A operação Verão, realizada pela PM na Baixada Santista e finalizada em abril, pode ter contribuído para essa escalada de óbitos. A incursão da polícia na região foi intensificada após a morte do soldado Samuel Wesley Cosmo, gerando críticas à atuação policial. Denúncias de abusos cometidos durante a operação levaram a Conectas Direitos Humanos e a Comissão Arns a apresentarem queixas ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Diante das críticas, o governador Tarcísio de Freitas afirmou que não se importa com as denúncias de abusos e defendeu as ações policiais. No entanto, o cientista político e pesquisador Eduardo Viveiros de Freitas critica a falta de comando na polícia paulista, defendendo a necessidade de uma política de segurança pública que garanta a proteção da população.
Além disso, o Gaesp, grupo do Ministério Público de São Paulo, abriu uma investigação para apurar denúncias de que os mortos na operação estariam sendo levados como vivos para hospitais. A Operação Verão já é considerada a segunda ação mais letal da história da polícia de São Paulo, ficando atrás apenas do massacre do Carandiru em 1992.
O governo de Tarcísio de Freitas divulgou que, desde dezembro, mais de mil infratores foram presos, sendo que 56 criminosos entraram em confronto com as forças policiais e morreram. No entanto, a pasta não se manifestou sobre os dados divulgados recentemente.
Diante desse cenário alarmante, críticas e investigações, a sociedade civil cobra respostas e ações efetivas das autoridades responsáveis pela segurança pública no estado de São Paulo. A necessidade de um debate amplo sobre as políticas de segurança e a atuação das forças policiais se faz urgente para garantir a proteção e os direitos dos cidadãos.