Segundo as investigações, Severina e sua vizinha, Kecia da Silva, que estava grávida de 8 meses, foram atingidas por tiros enquanto tomavam café em um bar na Rua Joaquim Pizarro. Kecia foi ferida por estilhaços, mas foi socorrida a tempo e se recuperou, assim como seu bebê, que não sofreu danos.
O promotor de Justiça Alexandre Themístocles destacou na ação penal que o policial militar, identificado como Wesley Pereira de Lima Nascimento e lotado na UPP do Turano, efetuou disparos de seu fuzil do alto de uma viatura policial, sem haver qualquer ameaça à vida dos policiais ou terceiros. Posteriormente, o policial desembarcou da viatura e continuou atirando na mesma direção, mesmo sabendo da presença de pessoas naquela localidade.
Além disso, o promotor ressaltou que o policial tinha ciência dos riscos do uso desnecessário de armamento na comunidade. Como medida cautelar, a promotoria solicitou ao Juízo a suspensão do policial militar de suas funções.
A denúncia foi protocolada no IV Tribunal do Júri da Capital na última quinta-feira (25). A comunidade do Turano está chocada com o ocorrido e espera por justiça para o caso. A ação do Ministério Público destaca a importância de punir casos como este, que colocam em risco a vida de inocentes e causam danos irreparáveis às famílias afetadas.