O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou os três policiais pela morte de Eduardo, além de acusá-los de fraude processual por terem alterado a cena do crime. Nessa quarta-feira (24), o juiz Daniel Cotta, do Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri da Capital, decidiu pela suspensão do processo por dois anos. Durante esse período, os réus deverão cumprir medidas como comparecer ao juízo a cada bimestre, e ao término desse prazo, a ação será extinta.
Outro réu no caso, Eder Siqueira, também acusado de fraude processual, teve seu processo suspenso, desde que cumprisse a exigência de comparecer ao cartório judicial por dois anos, o que já foi devidamente cumprido. No entanto, Riquelmo de Paula Geraldo, envolvido no ocorrido, já faleceu.
O caso ganhou repercussão em setembro de 2015, quando um vídeo que circulou nas redes sociais mostrou os policiais da Unidade de Polícia Pacificadora do Morro da Providência ao redor de Eduardo Victor, caído no chão em meio a uma poça de sangue. Nas imagens, um dos policiais disparou para o alto, enquanto outro colocou uma arma na mão do jovem e efetuou dois disparos para o alto.
A morte de Eduardo causou revolta entre os moradores da Providência, que realizaram protestos em repúdio à violência policial. O desfecho do caso levantou discussões sobre a atuação das forças de segurança e a forma como casos como esse são investigados e julgados.