Genocídio na Faixa de Gaza: especialistas alertam para altas taxas de morte entre crianças e mulheres em debate na Câmara dos Deputados.

Na tarde de hoje, na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, especialistas reuniram-se para discutir a alarmante situação de mortes de crianças e mulheres na guerra que assola a Faixa de Gaza. O presidente da Federação Palestina no Brasil, Ualid Rabah, chocou os presentes ao relatar que em pouco mais de 200 dias de conflito já morreram quase 43 mil palestinos, sendo que quase 19 mil dessas vítimas são crianças, representando 44% do total. Rabah comparou esses números à Segunda Guerra Mundial, enfatizando que proporcionalmente Israel mata 16,5 vezes mais crianças na Palestina do que os nazistas mataram em Auschwitz.

O assassinato de mulheres e crianças na região não é visto como uma casualidade pelos especialistas, mas sim como parte de um projeto de eliminação do povo palestino. Para eles, a guerra de Israel não é apenas contra o grupo terrorista Hamas, mas sim contra a própria existência da Palestina como nação. O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben, endossou essa visão, alegando que o país está em guerra não com uma organização específica, mas sim contra o conceito de resistência e existência palestina.

Além das mortes, a região da Faixa de Gaza também enfrenta uma grave crise de fome, que afeta principalmente mulheres e crianças. O chefe do Programa Mundial de Alimentos da ONU, Vinicius Limongi, alertou que mais de 1 milhão de pessoas em Gaza estão em situação de insegurança alimentar extrema, com um risco iminente de morte devido à desnutrição.

Diante desse cenário desolador, o deputado Padre João pediu a realização do debate na Comissão de Legislação Participativa, enfatizando a indignação diante do genocídio em curso na região. O representante do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Antunes Santos, reafirmou o apoio do Brasil ao reconhecimento do Estado Palestino como forma de garantir a paz e a segurança na região do conflito.

Após o encerramento da audiência pública, o deputado Abilio Brunini protestou por não ter tido espaço para participar do debate, prometendo requerer uma nova audiência para incluir vozes com pontos de vista divergentes. Ele destacou a importância de buscar a paz entre Palestina e Israel, citando a dor tanto do povo israelense quanto dos reféns mantidos pelo Hamas. A discussão sobre o conflito na Faixa de Gaza continua gerando intensos debates e divergências de opinião no cenário político nacional e internacional.

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