O assassinato de mulheres e crianças na região não é visto como uma casualidade pelos especialistas, mas sim como parte de um projeto de eliminação do povo palestino. Para eles, a guerra de Israel não é apenas contra o grupo terrorista Hamas, mas sim contra a própria existência da Palestina como nação. O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben, endossou essa visão, alegando que o país está em guerra não com uma organização específica, mas sim contra o conceito de resistência e existência palestina.
Além das mortes, a região da Faixa de Gaza também enfrenta uma grave crise de fome, que afeta principalmente mulheres e crianças. O chefe do Programa Mundial de Alimentos da ONU, Vinicius Limongi, alertou que mais de 1 milhão de pessoas em Gaza estão em situação de insegurança alimentar extrema, com um risco iminente de morte devido à desnutrição.
Diante desse cenário desolador, o deputado Padre João pediu a realização do debate na Comissão de Legislação Participativa, enfatizando a indignação diante do genocídio em curso na região. O representante do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Antunes Santos, reafirmou o apoio do Brasil ao reconhecimento do Estado Palestino como forma de garantir a paz e a segurança na região do conflito.
Após o encerramento da audiência pública, o deputado Abilio Brunini protestou por não ter tido espaço para participar do debate, prometendo requerer uma nova audiência para incluir vozes com pontos de vista divergentes. Ele destacou a importância de buscar a paz entre Palestina e Israel, citando a dor tanto do povo israelense quanto dos reféns mantidos pelo Hamas. A discussão sobre o conflito na Faixa de Gaza continua gerando intensos debates e divergências de opinião no cenário político nacional e internacional.