Um dos proprietários conseguiu expulsar os invasores com auxílio da Polícia Militar, enquanto o outro só tomou conhecimento do ocorrido no dia seguinte. As invasões ocorreram num intervalo de cinco dias e levaram os moradores a se unirem para monitorar imóveis vazios e evitar novos casos. O bairro do Pacaembu, conhecido por seus casarões, enfrenta um aumento na desocupação devido à preferência por apartamentos e ao alto valor do IPTU.
A moradora e advogada Quil Dulci lidera uma rede de segurança entre os vizinhos, que inclui grupos de mensagens, câmeras de vigilância e segurança privada para enfrentar a crescente insegurança na região. Imagens de câmeras de segurança mostram os invasores levando móveis e eletrodomésticos para dentro dos imóveis, além de ligações clandestinas na rede de água e de iluminação.
O advogado dos proprietários aguarda decisão judicial para a reintegração de posse do imóvel ocupado, enquanto a Defensoria Pública e o Ministério Público foram intimados devido a possíveis vulnerabilidades econômicas das pessoas envolvidas no conflito. Os vizinhos reclamam do barulho e da perturbação causados pelos invasores, que não possuem vínculos com movimentos por moradia organizados na região.
Enquanto isso, a região central da cidade também enfrenta casos de invasões, como o prédio abandonado em Perdizes ocupado por cerca de 20 pessoas na semana passada. O coordenador da FLM, movimento que luta por moradia na região central desde 2003, destaca a falta de compromisso dos invasores do Pacaembu com a causa da moradia popular. A situação continua sob investigação e acompanhamos de perto os desdobramentos desse conflito urbano.