Chuvas no Rio Grande do Sul deixam 56 mortos e milhares sem água e energia elétrica; cenário é de caos

O estado do Rio Grande do Sul enfrenta uma situação grave devido às fortes chuvas que atingiram a região ao longo dessa semana. Até a manhã deste sábado (4), foram confirmadas 56 mortes e mais de 860 mil domicílios estavam sem abastecimento de água, o que representa 14% dos imóveis atendidos pela empresa Corsan. Esse número é quase o dobro do registrado na tarde de sexta-feira (3), evidenciando a gravidade da situação.

Além disso, 350 mil imóveis estavam sem energia elétrica, afetando 7,6% dos clientes da distribuidora RGE Sul e 2,8% da CEEE Equatorial. As aulas foram suspensas em todas as 2.338 escolas da rede estadual, impactando quase 200 mil alunos, com pelo menos 224 escolas tendo sua estrutura prejudicada. Atualmente, 8.296 pessoas estão desabrigadas no estado, com 30 escolas estaduais servindo de alojamento.

Outro problema enfrentado é a interrupção dos serviços de telefonia, com as operadoras TIM, Vivo e Claro relatando problemas em diversas cidades. Além disso, as chuvas danificaram rodovias estaduais, bloqueando 128 trechos em 68 estradas, sendo que pontes desmoronaram e trechos ficaram submersos ou foram atingidos por deslizamentos de terra.

A capital, Porto Alegre, também enfrenta grandes dificuldades devido à cheia do rio Guaíba, que atingiu o maior nível desde 1941. A Defesa Civil emitiu alertas de evacuação para moradores e trabalhadores do centro histórico da cidade, devido ao risco de inundação. Essas chuvas também atingiram Santa Catarina e Paraná, causando outras três mortes.

A previsão é que a chuva continue no Rio Grande do Sul, com um volume total estimado de até 100 mm em 24 horas, acompanhado de ventos de até 100 km/h, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A situação é de alerta e exige ações imediatas para minimizar os impactos e prevenir novas ocorrências.

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