Após as manifestações e a negação inicial do governo, foi criado um grupo de trabalho para estudar a viabilidade da implantação do TCO pela Polícia Militar e a implementação de um boletim de ocorrência único. Essa medida é uma antiga demanda da Polícia Civil e visa a otimização dos processos de registro de ocorrências.
Atualmente, o TCO é elaborado pela Polícia Civil de São Paulo após o atendimento de chamados ou presenciamento de ocorrências pela Polícia Militar. Após o registro, a documentação é encaminhada aos Juizados Especiais Criminais para audiência e resolução dos casos.
A proposta de mudança envolve um policial militar realizando o registro dos crimes de menor potencial ofensivo no local da ocorrência, sem a necessidade de deslocamento até uma delegacia. Essa mudança poderia agilizar o processo e economizar recursos públicos, segundo o coronel da reserva e advogado Frederico Afonso.
Por outro lado, representantes da Polícia Civil argumentam que a ação da Polícia Militar seria uma usurpação de atribuições e um equívoco. O deputado Delegado Palumbo criticou a proposta, questionando a eficácia do atendimento via telefone 190 e a capacidade da PM para lidar com o registro de ocorrências.
As posições divergentes também alcançam juristas, com alguns apoiando a mudança e outros alegando inconstitucionalidade na atribuição de funções à Polícia Militar. A discussão ainda está em andamento e aguarda decisões do governo do estado e da Secretaria de Segurança Pública para avançar no processo de implementação das mudanças no registro do TCO.