Fernando Chucre, secretário executivo de Planejamento e Entregas Prioritárias da prefeitura, defende a privatização como uma oportunidade para aumentar os investimentos da Sabesp na cidade. Ele destaca que houve negociações para garantir um aumento significativo nos investimentos ao longo do contrato, o que possibilitará melhorias nos serviços de água e esgoto, especialmente nas áreas mais carentes.
No entanto, os críticos, como Helena Maria da Silva, vice-presidente do Sintaema, apontam para a possível perda de autonomia da cidade na gestão da água. Ela ressalta que a Sabesp é uma empresa competente e eficiente, construída ao longo de anos com recursos públicos, e a privatização representaria um prejuízo para a população.
A população também manifesta preocupações, com moradores como Elaine Guedes e o vereador Celso Giannazi se posicionando contra a privatização. Eles alertam para os riscos de entregar um serviço essencial como o saneamento básico à iniciativa privada, citando experiências negativas em outros setores.
Até o momento, o projeto de lei que viabiliza a privatização foi aprovado em primeira votação na Câmara Municipal, com a segunda votação ainda pendente. A proposta já passou pela Assembleia Legislativa do Estado e aguarda decisão final. Com a discussão em alta, é importante ampliar o debate e dar voz à população, garantindo que a decisão final leve em consideração o interesse coletivo e a qualidade dos serviços prestados pela Sabesp. A próxima audiência pública sobre o tema promete ser um espaço para a troca de ideias e argumentos, com a participação de diferentes atores envolvidos nesse processo de grande relevância para o estado de São Paulo.