O pedido de aprofundamento foi feito ao Supremo pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. No mês passado, Bolsonaro, Cid e mais 15 acusados foram indiciados pela PF, resultando em um inquérito enviado para a Procuradoria-Geral da República decidir se uma denúncia será oferecida contra o ex-presidente e os demais investigados.
Gonet argumentou que algumas diligências são necessárias para aprofundar a investigação, incluindo a juntada de laudos periciais em celulares e computadores apreendidos, além de informações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O procurador destacou a importância de investigar se certificados de vacinação foram apresentados por Bolsonaro e sua comitiva ao entrar no território norte-americano.
As investigações revelaram que a fraude visava facilitar a permanência de Bolsonaro nos Estados Unidos, que tinha adotado medidas sanitárias contra estrangeiros não vacinados contra a covid-19. Em um cenário que envolve viagens internacionais, a veracidade dos certificados de vacinação se torna ainda mais crucial.
Em meio a essas revelações, é importante relembrar que Bolsonaro viajou para os Estados Unidos em dezembro de 2022, em um momento delicado que culminou na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, dias depois de sua viagem. A decisão de Moraes reflete a seriedade das acusações de fraude e a necessidade de investigar minuciosamente esses acontecimentos que abalaram não apenas a esfera política, mas também a confiança da população. A autenticidade dos certificados de vacinação se torna não apenas uma questão jurídica, mas também de saúde pública e transparência.