O biometano é produzido a partir da purificação do biogás, que por sua vez é obtido a partir da decomposição de resíduos orgânicos como lixo, esgoto e restos agropecuários. Atualmente, o Brasil conta com 20 unidades de produção de biometano, número que pode chegar a 90 até o ano de 2029 conforme a Associação Brasileira do Biogás.
O deputado Hugo Leal acredita no potencial do biometano como alternativa para o setor de transportes pesados, uma vez que possuí a mesma composição do gás veicular, mas com a vantagem de ser uma fonte renovável. Em seu projeto de lei, o PL 4861/23, propõe incentivos ao uso do biometano visando reduzir a dependência do diesel importado.
Durante a audiência, Marcelo Mendonça da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado destacou que o setor de transportes pode impulsionar o mercado de biometano, afirmando que o veículo a gás custa três vezes menos do que o veículo elétrico. Essa afirmação foi corroborada por Gustavo Bonini, representante da Scania e da Abiogás, que ressaltou a vocação do Brasil para a produção de biometano a partir de resíduos e esgoto.
Outras propostas apresentadas durante o debate incluíram a inclusão de veículos a gás nos planos de mobilidade urbana e a criação de linhas de financiamento em bancos públicos para unidades produtoras de biometano. O deputado Leônidas Cristino, do PDT do Ceará, defendeu a ampliação do uso do biometano para outros setores da economia, visando a redução do gás carbônico na atmosfera.
Diante dessas discussões, fica evidente a importância e o potencial do biometano como alternativa sustentável e renovável para a matriz energética brasileira. Ainda são necessários investimentos e incentivos governamentais para impulsionar a produção e o uso deste combustível no país.