Espionagem para a China: Parlamento Europeu é alvo de investigação na Alemanha, com assistente de legislador de extrema direita detido.

Na última terça-feira, a Justiça da Alemanha anunciou a detenção de um homem acusado de espionagem para a China. O suspeito trabalha para um legislador alemão de extrema direita no Parlamento Europeu e é acusado de espionar opositores chineses, compartilhar informações sobre o Parlamento Europeu com um serviço de inteligência chinês e espionar dissidentes chineses na Alemanha.

Identificado como Jian G., o suspeito faz parte da equipe do eurodeputado Maximilian Krah, líder do partido alemão de extrema direita AfD. Krah se pronunciou sobre o caso, afirmando que, se as acusações de espionagem forem comprovadas, o funcionário será imediatamente demitido.

A ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, classificou a prisão como “extremamente grave” e ressaltou a importância de esclarecer todos os detalhes do caso. Ela afirmou que caso seja confirmado que os serviços de inteligência chineses espionaram o Parlamento Europeu de dentro, seria um ataque à democracia europeia.

Por sua vez, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês negou as acusações, alegando que os relatos sobre espionagem chinesa na Europa têm o objetivo de difamar e reprimir a China.

A detenção do suspeito representa um revés para o AfD, um partido antieuropeu e anti-imigração, que já enfrentou outras polêmicas. Além disso, o caso ocorre em um contexto em que outros países também investigam casos de espionagem para a China, como no Reino Unido, onde dois homens foram acusados de obter e transmitir informações que poderiam ser úteis a um inimigo.

Esses episódios ressaltam a importância da segurança nacional e da proteção das informações sensíveis em um contexto geopolítico complexo. O caso na Alemanha levanta questões sobre a relação entre funcionários de alto escalão e possíveis atividades de espionagem, evidenciando a necessidade de medidas para evitar tais práticas no futuro.

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