Biometria facial é utilizada por 75% dos bancos brasileiros, aponta pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024.

No Brasil, o uso da biometria facial pelos bancos vem se destacando como uma tecnologia importante para a identificação dos clientes. De acordo com a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024, realizada pela Deloitte Consultoria, sete em cada dez bancos brasileiros (75%) já adotam essa tecnologia em seus processos.

A pesquisa contou com a participação de 24 bancos, que representam 81% das instituições financeiras atuantes no país. Além disso, 27 executivos do setor foram entrevistados para contribuir com informações sobre as tecnologias mais utilizadas no setor bancário.

Além da biometria facial, outras tecnologias também são amplamente adotadas pelos bancos no país. O chatbot, por exemplo, é utilizado por 71% das instituições para oferecer um atendimento mais eficiente e personalizado aos clientes. A automação de processos repetitivos (RPA) também é uma tecnologia popular, presente em 67% dos bancos.

A pesquisa também revelou que a Inteligência Artificial (IA) Generativa está sendo cada vez mais utilizada, com uma adoção de 54% pelos bancos. Essa tecnologia é capaz de criar conteúdos e códigos com base em informações pré-existentes, melhorando a relação com os clientes. Já a Inteligência Cognitiva, que imita o raciocínio humano para resolver problemas, está presente em 25% dos bancos.

Os representantes das instituições financeiras destacaram a importância de priorizar a experiência do cliente, a inovação tecnológica, a personalização de produtos e serviços, a segurança cibernética e a responsabilidade social. A segurança dos dados dos clientes é uma preocupação constante, especialmente em relação ao armazenamento de dados biométricos.

O advogado Lucas Marcon, do Programa de Telecomunicações e Direitos Digitais do Idec, ressaltou a importância de garantir que os clientes tenham opções de segurança menos invasivas do que a biometria facial. Ele destacou a necessidade de os bancos respeitarem a Lei Geral de Proteção de Dados e permitirem que os clientes escolham a forma de segurança mais adequada para eles.

Marcon também orientou os consumidores a registrarem reclamações junto à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) caso se sintam obrigados a utilizar a biometria facial de forma não consentida. A ANPD está trabalhando para regulamentar o uso da biometria e é importante que haja um número significativo de reclamações para que o órgão possa tomar medidas adequadas.

Diante desse cenário, a tecnologia bancária no Brasil está em constante evolução, priorizando a segurança dos dados dos clientes e a experiência do usuário. É fundamental que as instituições financeiras estejam atentas às regulamentações vigentes e ofereçam opções seguras e respeitosas aos seus clientes.

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