Ministro Gilmar Mendes determina instauração de processo de conciliação sobre marco temporal de terras indígenas no STF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma decisão importante nesta segunda-feira (22) ao determinar a instauração de um processo de conciliação para resolver as divergências em torno do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Com essa medida, as ações judiciais que discutem o assunto devem ser suspensas até que haja uma decisão definitiva por parte da Corte Suprema.

Gilmar Mendes é o relator dos processos apresentados por partidos políticos como o PL, PP e Republicanos, que buscam manter a validade do projeto de lei que reconheceu o marco temporal, bem como de contestações constitucionais feitas por entidades representantes dos povos indígenas e partidos governistas. A tese do marco temporal estipula que os indígenas só têm direito às terras que estavam sob sua posse em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em litígio judicial naquela época.

Em dezembro do ano passado, o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a um projeto de lei que confirmava o marco temporal, mesmo após uma decisão anterior do STF contrária a essa tese. A justificativa para o veto presidencial foi embasada na decisão da Suprema Corte.

Ao defender a realização de um processo de conciliação, Gilmar Mendes ressaltou a importância de buscar uma solução para o impasse político-jurídico gerado por essa questão. Segundo o ministro, é fundamental promover o diálogo e a colaboração entre as partes envolvidas para superar as dificuldades de comunicação e encontrar uma solução que respeite os interesses institucionais e jurídicos em jogo.

Essa decisão de Gilmar Mendes reflete a preocupação em encontrar uma saída pacífica e equilibrada para um tema delicado e complexo como a demarcação de terras indígenas, demonstrando a busca por uma solução consensual e justa para todas as partes envolvidas.

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