Fuzis apreendidos no RJ são majoritariamente estrangeiros e evidenciam disputas de território entre facções criminosas, aponta estudo da PM

No ano passado, mais de 90% dos fuzis apreendidos pela Polícia Militar do Rio de Janeiro foram fabricados em outros países, revela um estudo da Subsecretaria de Inteligência (SSI) da Secretaria de Estado de Polícia Militar. O levantamento analisou a apreensão de 492 fuzis em 2023, destacando que a maioria das armas apreendidas ocorreu em áreas do estado onde há disputas de território entre facções criminosas rivais.

Um dos pontos abordados no estudo foi a marca dos fuzis apreendidos, com a marca norte-americana Colt liderando com 199 armas apreendidas. Além disso, foram registrados 194 fuzis sem marca, sugerindo que essas armas são montadas por armeiros envolvidos com organizações criminosas. O restante das armas apreendidas são de 43 marcas diversas, a maioria proveniente de países do Hemisfério Norte.

As apreensões se concentraram principalmente nas áreas integradas de segurança pública (AISPs) da zona oeste da capital e da Baixada Fluminense, com oito das dez AISPs com maior número de apreensões localizadas nessas regiões. A exceção são as regiões do Méier e Olaria, que também registraram um alto número de apreensões de fuzis.

O estudo também destaca a expansão do crime organizado para o interior do estado, com 13 fuzis apreendidos na região do 5º Comando de Policiamento (5º CPA), Sul Fluminense e Costa Verde, e sete apreensões na região do 6º CPA, Norte e Noroeste do estado. A Polícia Militar ressaltou a importância de uma ação articulada entre as forças de segurança estaduais e federais para lidar com o tráfico internacional de armas, que representa um dos maiores desafios para a segurança pública do Rio de Janeiro.

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