Fada da fiscalização: motoristas cobram para ajudar a escapar da blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro

Na última sexta-feira, 19 de abril, a fiscalização da Lei Seca no Rio de Janeiro flagrou uma situação inusitada. Motoristas foram pegos cobrando dinheiro para ajudar outros motoristas que tentavam escapar das blitzes. Esses chamados “fada” foram identificados pelos agentes e um deles, Thiago Almeida Bianchi de Mattos, acabou sendo preso em flagrante.

O flagrante ocorreu na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, quando um drone operado pelos agentes registrou toda a ação. O motorista em situação irregular, multado por não possuir carteira de habilitação, foi abordado e informado de que precisava apresentar uma pessoa habilitada para retirar o veículo do local da blitz.

Neste momento, um homem de camisa preta se aproximou, sendo identificado como Thiago Almeida Bianchi de Mattos, o fada da situação. Segundo as imagens divulgadas, Mattos assumiu o volante do veículo, com o motorista multado indo para o banco traseiro. O carro saiu do ponto da blitz, percorrendo menos de 500 metros antes de ser parado novamente pelos agentes.

Os dois foram conduzidos à delegacia, onde o jogador de futebol foi multado duas vezes por dirigir sem habilitação e Mattos acabou sendo preso em flagrante. A Polícia Civil informou que entregar a direção do carro a uma pessoa não habilitada configura crime, com pena prevista de seis meses a um ano de detenção.

Segundo levantamento da Lei Seca, Mattos já atuou como recondutor para 815 motoristas multados desde o ano de 2021. A Lei Seca afirmou que está realizando um grande levantamento sobre a atuação desses recondutores e reforçou que motoristas pegos dirigindo sob efeito de álcool que sejam flagrados novamente serão autuados.

O caso chama a atenção para a importância da fiscalização e do cumprimento das leis de trânsito, visando garantir a segurança de todos os motoristas e pedestres. A ação dos fadas mostra como algumas pessoas tentam burlar as normas, mas a atuação da Lei Seca e das autoridades competentes é fundamental para coibir essas práticas ilegais.

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