Investigação da PF revela perfis bloqueados por Moraes interagem ao vivo com brasileiros na rede social X, aponta relatório.

A Polícia Federal divulgou um relatório parcial da investigação aberta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que revelou que perfis bloqueados continuam ativos nas redes sociais, mesmo após a determinação judicial. Segundo a PF, usuários investigados no inquérito sobre milícias digitais nos EUA, como os jornalistas Allan dos Santos e Rodrigo Constantino, junto com o empresário Paulo Figueredo, continuam interagindo e realizando transmissões ao vivo, inclusive atacando o ministro e disseminando informações falsas.

De acordo com o levantamento feito pela Polícia Federal no início do mês, foi possível acessar as transmissões feitas no exterior, e os usuários brasileiros puderam seguir esses perfis bloqueados. A investigação também apontou que um recurso chamado “Espaços” está sendo utilizado para facilitar a interação dos usuários brasileiros com esses perfis bloqueados.

O relatório da PF ressaltou que os investigados estão se aproveitando da estrutura da milícia digital fora do Brasil para evitar o cumprimento das ordens judiciais e propagar notícias falsas. A intenção seria atrair a simpatia de parte da comunidade internacional com interesses ideológicos semelhantes e fortalecer o discurso extremista de polarização.

A rede social X afirmou à Polícia Federal que todas as contas alvo de ação judicial estão bloqueadas e que não foi habilitado o recurso de transmissão ao vivo. No entanto, a PF constatou que os perfis bloqueados estão conseguindo realizar as transmissões ao vivo mesmo com a restrição imposta.

Elon Musk, empresário norte-americano, foi recentemente incluído no inquérito de Moraes que investiga a atuação de milícias digitais para divulgar notícias falsas no Brasil. Isso ocorreu após Musk insinuar que não acataria as ordens do Supremo Tribunal para remover postagens consideradas ilegais. Em suas postagens, Musk criticou Moraes e acusou-o de violar a Constituição brasileira. A situação continua a gerar controvérsias e a PF segue investigando o caso.

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