Comissão da Câmara aprova projeto que libera estados com participação no PIB superior a 1% para optarem por sublimite do Simples Nacional

A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (18/04/2024) o Projeto de Lei Complementar (PLP 257/23), que traz uma importante mudança para as empresas brasileiras. O projeto tem como objetivo liberar os estados com participação no Produto Interno Bruto (PIB) maior do que 1% para aplicar um sublimite de R$ 3,6 milhões de faturamento no recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Esta medida será opcional para os estados.

Atualmente, empresas que possuem faturamento superior a R$ 3,6 milhões são obrigadas a apurar e recolher o ICMS e o ISS (Imposto Sobre Serviços) de acordo com as regras gerais do estado e município onde estão instaladas. Porém, os demais impostos continuam sendo calculados pelas tabelas do Simples Nacional, que é mais vantajoso.

O relator do projeto, Deputado Helder Salomão (PT-ES), recomendou a aprovação da proposta apresentada pelo Deputado Jorge Goetten (PL-SC). Salomão destacou que a medida aumenta a margem de escolha dos estados e do Distrito Federal em relação ao uso do sublimite, permitindo que governos estaduais possam retirá-lo para estimular as pequenas empresas.

Uma das preocupações do projeto é evitar que empresas que ultrapassam o limite de R$ 3,6 milhões de receita bruta anual, mas ainda se enquadram no Simples Nacional (até R$ 4,8 milhões), deixem de recolher ICMS e ISS de forma simplificada, o que resultaria em aumento de custos e burocracia.

O próximo passo para o PLP 257/23 é passar pela análise das comissões de Finanças e Tributação, além da Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), para então ser encaminhado ao Plenário. Paralelamente, um texto semelhante (PLP 127/21) está em análise no Senado, de autoria do ex-senador Jorginho Mello, atual governador de Santa Catarina.

Com as mudanças propostas, a expectativa é que haja uma simplificação nos processos de arrecadação de impostos para as empresas, o que pode contribuir para o ambiente de negócios no país e estimular o crescimento do setor empresarial. O debate sobre o tema promete continuar e as próximas fases de análise do projeto serão decisivas para a sua implementação.

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