Governo planeja acordo com servidores da educação em greve por recomposição salarial e reestruturação de carreira

Os servidores da educação estão mobilizados em busca de recomposição salarial ainda neste ano. Representantes do governo federal estão negociando com professores e servidores de universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia com o objetivo de chegar a um acordo. A reunião para tratar das demandas da categoria está marcada para a próxima sexta-feira (19), e as principais reivindicações da greve são a reestruturação de carreira e a recomposição salarial e orçamentária.

Durante uma audiência da Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, o secretário-executivo-adjunto do Ministério da Educação (MEC), Gregório Durlo Grisa, afirmou que a carreira dos cargos técnico-administrativos em educação será reestruturada ainda neste governo. Ele ressaltou a importância de um acordo assinado o quanto antes para que o projeto de reestruturação seja encaminhado ao Parlamento.

O governo pretende detalhar cada item da pauta de reivindicações com os servidores grevistas, simulando as possibilidades e impossibilidades da negociação. A proposta do governo poderá colocar fim à greve que atualmente atinge mais de 50 universidades e quase 80 institutos federais. No entanto, o secretário José Celso Cardoso Jr. observa que o processo é complexo e não se resolverá rapidamente devido às dificuldades legislativas enfrentadas pelo governo.

Parlamentares também se manifestaram durante o debate na Comissão. A deputada Sâmia Bomfim ressaltou a importância do diálogo, enquanto a deputada Alice Portugal defendeu as reivindicações dos servidores e pediu uma solução que não puna os grevistas. Já a deputada Erika Kokay defendeu um comprometimento do orçamento nacional com o projeto do país e a inclusão da população brasileira.

Os representantes dos trabalhadores pedem a recomposição dos recursos ainda em 2024 devido às perdas salariais acumuladas nos últimos anos. O coordenador da Fasubra Sindical, Sandro Pimentel, enfatizou a necessidade de apresentação concreta orçamentária por parte do governo durante a reunião do dia 19. O presidente do Andes-Sindicato Nacional, Gustavo Seferian, também destacou a importância de condições dignas de trabalho para os professores universitários.

A expectativa é de que a negociação resulte em benefícios para os servidores da educação, diante da urgência de recomposição salarial e melhoria das condições de trabalho. A reunião prevista para sexta-feira será crucial para encaminhar as demandas da categoria e buscar soluções que atendam às necessidades dos servidores públicos da área da educação.

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