Corregedor Nacional de Justiça suspende norma sobre vestimentas no STJ após debate nas redes sociais

O corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, tomou uma decisão nesta sexta-feira (12) que gerou repercussão nas redes sociais. Ele suspendeu uma norma que regulamentava o uso de vestimentas para entrar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), localizado em Brasília. Essa norma havia sido aprovada em fevereiro deste ano e causou polêmica entre os usuários das redes sociais.

De acordo com a instrução normativa, estava proibido o acesso de pessoas às dependências do tribunal utilizando shorts, bermuda, blusas sem manga, trajes de banho e de ginástica (legging) e blusas cropped (que expõem a barriga). Por outro lado, os trajes permitidos eram o terno, camisa social e gravata para pessoas que se identificam com o gênero masculino, e vestido, blusa com calça ou saia “de natureza social” para quem se identifica com o gênero feminino.

A decisão do corregedor foi baseada no argumento de que as restrições impostas poderiam causar constrangimentos ao público feminino. Salomão ressaltou que o uso de determinadas roupas, como blusas sem manga ou trajes sumários, poderia ser utilizado como meio de abordagem e possível constrangimento ligados ao gênero feminino.

Essa suspensão da norma repercutiu amplamente nas redes sociais e na imprensa, levantando um debate sobre a liberdade de vestimenta e a questão de gênero. Muitos usuários elogiaram a decisão do corregedor, destacando a importância de respeitar a diversidade e a autonomia das pessoas em escolher suas roupas sem sofrer discriminação.

Agora, com a decisão do corregedor, a regulamentação sobre o uso de vestimentas no STJ fica temporariamente suspensa, aguardando possíveis novas deliberações ou alterações.

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