A retinopatia diabética, complicação do diabetes mellitus, é considerada a principal causa de cegueira em pessoas em idade produtiva. Quando as lesões de retinopatia acometem a mácula, região central da retina, provocam o edema macular, que pode levar à cegueira se não for diagnosticado e tratado precocemente. Entre os tratamentos previstos estão injeções intravítreas, fotocoagulação a laser e colírios de corticoides.
No entanto, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas em Retinopatia Diabética (PCDT) não contempla todas as necessidades dos pacientes, especialmente em casos que necessitam de implantes, procedimento que não está disponível no SUS. O deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO), que solicitou a audiência pública, ressaltou a importância de atualizar os protocolos clínicos do SUS para garantir o diagnóstico, tratamento e acompanhamento adequados do edema macular.
O Brasil ocupa a sexta posição entre os países com mais casos de diabetes, e a previsão é que o número de pessoas com a doença continue aumentando nos próximos anos. Atualmente, o país conta com um número significativo de oftalmologistas e endocrinologistas, porém a maioria está concentrada nas grandes cidades, deixando as populações do interior desassistidas.
Diante desse cenário, é fundamental investir em programas de prevenção e conscientização sobre a retinopatia diabética e suas complicações. A falta de sensibilidade de clínicos gerais e endocrinologistas em encaminhar os pacientes para o oftalmologista é apontada como um dos desafios a serem superados. Além disso, a detecção precoce da doença e o acesso ao tratamento adequado são essenciais para evitar complicações graves e preservar a visão dos pacientes.