Engenheiro testa máquina de clareamento de nuvens em porta-aviões desativado na baía de San Francisco

Recentemente, um engenheiro chamado Matthew Gallelli realizou um teste inovador em um porta-aviões desativado na baía de San Francisco, nos Estados Unidos. A experiência consistiu em acionar um dispositivo para clarear as nuvens e refletir parte dos raios solares de volta ao espaço, como uma forma de combater o aquecimento global.

Por volta das 9h da manhã do dia 2 de abril, Gallelli acionou o equipamento que lançou uma névoa de pequenas partículas de aerossol pela atmosfera. Esse foi o primeiro teste ao ar livre dessa tecnologia nos EUA e teve como objetivo verificar se o dispositivo seria capaz de pulverizar os aerossóis do tamanho adequado de forma consistente.

A ideia de clarear as nuvens como uma forma de manipular o clima está se tornando cada vez mais relevante diante do cenário de aquecimento global acelerado causado pela emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. Com o objetivo de explorar alternativas para combater esse problema, muitos pesquisadores têm se dedicado a estudar intervenções climáticas, como a modificação da radiação solar.

Essa tecnologia, que busca refletir os raios solares de volta ao espaço, é uma das várias propostas para lidar com as mudanças climáticas. Diferentemente de outras abordagens mais agressivas, como a injeção de aerossóis na estratosfera, o clareamento de nuvens marinhas utiliza aerossóis de sal marinho, considerados relativamente benignos.

O projeto liderado por Gallelli e sua equipe recebe financiamento de diversas fontes, incluindo investidores privados e o governo federal dos EUA. Apesar de enfrentar críticas e controvérsias, a pesquisa sobre intervenções climáticas continua avançando, com a intenção de encontrar soluções para combater o aquecimento global.

Os resultados do teste realizado na baía de San Francisco serão analisados nos próximos meses para determinar a eficácia do clareamento de nuvens marinhas. Caso essa tecnologia prove ser viável, passos futuros incluem a aplicação em escala nos oceanos, marcando uma nova fase na investigação sobre intervenções climáticas de curto prazo.

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