De acordo com o ministério chinês, as discussões com a equipe da Fitch foram apenas preliminares e o relatório da agência não reflete totalmente as visões da China. O ministério enfatizou que a dívida chinesa é gerenciável e está sob controle, destacando que suas políticas fiscais visam manter um sólido crédito soberano, mantendo o déficit em níveis adequados e utilizando recursos de emissões de dívida para estimular a demanda interna e apoiar o crescimento econômico.
O ministério também questionou a eficácia do sistema de classificação da Fitch em capturar os efeitos positivos das políticas fiscais chinesas na promoção do crescimento econômico. Segundo o ministério, a taxa de déficit projetada de 3% para 2024 é considerada moderada e razoável, contribuindo para a estabilização do crescimento econômico, melhor controle da alavancagem do governo e maior flexibilidade para lidar com futuros desafios.
A Fitch, por sua vez, apontou para a incerteza nas perspectivas econômicas da China, à medida que o país busca transicionar de um modelo de crescimento dependente do setor imobiliário para um mais sustentável. A agência reforçou a importância de monitorar de perto a evolução da economia chinesa diante dessas mudanças estruturais.
Em resumo, a divergência de opiniões entre a Fitch e o Ministério de Finanças da China destaca a sensibilidade e complexidade envolvidas na análise das finanças de um país e a importância de um diálogo contínuo entre as partes para uma avaliação mais abrangente e precisa.
