Segundo a diretriz publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (8), os militares serão designados para apoiar os Yanomami no enfrentamento do garimpo ilegal. Esta é a segunda vez que o Comando Conjunto Catrimani é acionado para atuar em apoio aos indígenas. Na primeira etapa da operação, foi realizada uma ação humanitária e emergencial que incluiu o transporte e distribuição de cestas de alimentos. Desde janeiro de 2023, mais de 36 mil cestas de alimentos foram entregues, além de mais de 3 mil atendimentos médicos e 205 evacuações aeromédicas.
O Ministério da Defesa irá coordenar as ações dos militares para contribuir com as ações governamentais na Terra Indígena Yanomami. Dessa vez, o foco será interromper o fluxo logístico das atividades ilegais e destruir a infraestrutura de suporte ao garimpo ilegal na região. Para isso, um posto de comando será estabelecido em Boa Vista, Roraima.
A reserva dos Yanomami é a maior do país, ocupando uma área de mais de nove milhões de hectares nos estados de Roraima e Amazonas, onde vivem mais de 27 mil indígenas em nove aldeias. O garimpo ilegal tem prejudicado a subsistência da população indígena, reduzindo a oferta de recursos naturais e causando sérios problemas de saúde devido à contaminação por mercúrio.
Em janeiro de 2023, o governo federal decretou emergência em saúde pública e iniciou uma força-tarefa para desintrusão do território Yanomami devido aos impactos causados pelo garimpo ilegal. Mesmo com a desaceleração da atividade criminosa na região, os problemas persistem e continuam afetando a vida dos indígenas. A atuação das Forças Armadas na região é uma medida importante para combater essa atividade ilegal e proteger o meio ambiente e a saúde dos Yanomami.
