Na segunda-feira (1º), o TRE iniciou o julgamento de duas ações movidas pelo PT, PL e Ministério Público Eleitoral (MPE) contra Moro. As acusações giram em torno de abuso de poder econômico durante a pré-campanha nas eleições passadas, quando Moro tentava se candidatar à Presidência da República pelo Podemos e, posteriormente, ao Senado pelo partido União.
Segundo a acusação, Moro teria realizado gastos irregulares que beneficiaram seus concorrentes na disputa política. O Ministério Público Eleitoral aponta que aproximadamente R$ 2 milhões provenientes do Fundo Partidário teriam sido utilizados de forma indevida em eventos de filiação, produção de vídeos e consultorias eleitorais.
No primeiro dia de julgamento, o relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, manifestou-se contra a cassação de Moro. O magistrado destacou que os valores apresentados pelas partes do processo variam significativamente, tornando difícil concluir que houve excesso nos gastos.
Nesta quarta-feira, os desembargadores restantes irão votar, o que poderá definir o destino político de Moro. Se for cassado pelo TRE, Moro ainda terá a possibilidade de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que impediria a imediata saída do cargo. No entanto, se a cassação for confirmada, novas eleições serão convocadas para preencher a vaga deixada pelo ex-juiz.
A defesa de Moro sustenta a inocência do senador, negando qualquer irregularidade na pré-campanha. O advogado Gustavo Guedes argumenta que Moro não se elegeu no Paraná devido a uma pré-campanha mais intensa, como alegam as acusações apresentadas pelos partidos políticos.