Presidente do STF relembra 60 anos do golpe militar de 1964 e defende a democracia no Brasil em discurso histórico

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, fez um pronunciamento durante a abertura da sessão de julgamentos nesta quarta-feira (3), relembrando os 60 anos do golpe militar de 1964 e enfatizando a importância da democracia no Brasil. Barroso não hesitou em chamar o acontecimento de 1º de abril de 1964 de “inequivocamente” um golpe que resultou em 21 anos de ditadura no país.

Durante seu discurso, o ministro explicou que, em termos de ciência política e teoria constitucional, golpe significa a destituição do presidente por meio de um mecanismo que não está previsto na Constituição. Ele ressaltou a necessidade de valorizar a democracia constitucional no Brasil, destacando que, apesar de ser um regime político mais complexo que exige negociações e concessões, é preferível em relação ao autoritarismo, que impõe soluções de forma vertical.

Barroso alertou para os resultados negativos que processos autoritários podem trazer, lembrando que aqueles que viveram sob regimes autoritários sabem que, no final, os custos são altos e os resultados são piores. A reflexão do ministro vem em meio a discussões e debates sobre o período da ditadura militar no Brasil e seus impactos na sociedade e na democracia do país.

A Agência Brasil também produziu reportagens especiais sobre o golpe de 64, reforçando a importância de revisitar esse momento da história do Brasil e manter viva a memória dos acontecimentos que marcaram o país. O debate sobre o golpe militar e suas consequências segue sendo tema de reflexão e análise, à medida que a sociedade busca compreender a história e reafirmar seu compromisso com a democracia e os valores constitucionais.

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