A redução do indicador de incerteza em março foi impulsionada principalmente pelo recuo do componente de Expectativas, que por sua vez foi motivado pela diminuição na dispersão das previsões de mercado para a taxa de câmbio esperada para daqui a 12 meses. Segundo a economista Anna Carolina Gouveia, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, essa redução reflete os sinais de relativa resiliência da economia brasileira, com um mercado de trabalho aquecido, controle da inflação e resultados positivos em algumas atividades setoriais no início do ano. Vale ressaltar que o ritmo de queda da taxa de juros interna e o cenário da economia externa podem impactar os resultados do IIE-Br nos próximos meses.
O IIE-Br é composto por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que analisa a frequência de notícias relacionadas à incerteza nos principais jornais, e o IIE-Br Expectativa, construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e o IPCA. O componente de Mídia caiu 0,2 ponto, atingindo 105,6 pontos, contribuindo com -0,2 ponto para o IIE-Br do mês. Enquanto isso, o componente de Expectativas encolheu 2,4 pontos, alcançando 95,1 pontos e contribuindo com -0,5 ponto para o índice de março.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia Brasileira ocorre do dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência, e os dados divulgados pela FGV demonstram uma perspectiva favorável em relação à incerteza econômica no país.
