Segundo a acusação, Moro, que estava no Podemos em 2021 e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República, teria promovido vantagens ilícitas aos demais concorrentes ao cargo de senador devido aos altos investimentos financeiros feitos antes de se filiar ao União Brasil. Os gastos referentes à filiação ao Podemos, produção de vídeos de promoção pessoal e consultorias eleitorais teriam totalizado cerca de R$ 2 milhões provenientes do Fundo Partidário.
Apesar das acusações, o advogado de defesa de Moro, Gustavo Guedes, argumenta que não houve irregularidades nas eleições e que as quantias gastas foram infladas pela acusação, negando a ocorrência de caixa 2. Guedes ressaltou também a importância da trajetória de Moro, destacando as manifestações populares em apoio ao ex-juiz da Lava Jato.
O julgamento prossegue com a próxima manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE) e a votação dos magistrados, sendo liderada pelo relator, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza. O TRE designou mais duas sessões para os dias 3 e 8 de abril, caso não haja conclusão no julgamento de hoje. A decisão final sobre a cassação ou não do mandato de Sergio Moro ainda está em aberto e aguarda o desfecho do processo.