Naquele fatídico dia, às 8h15, o artefato nuclear apelidado de Little Boy desencadeou uma tragédia sem precedentes, matando cerca de 70 mil pessoas imediatamente e afetando dezenas de milhares. Morita estava em Hiroshima, integrando o exército japonês e realizando serviços de rotina de resgate de documentos para protegê-los do fogo.
Em meio ao caos que se seguiu à explosão, Morita testemunhou a devastação e o sofrimento. Ele lembra dos focos de incêndio por todos os lados e dos feridos que tentava ajudar. Mesmo sofrendo ferimentos graves no pescoço, o jovem militar permaneceu trabalhando incansavelmente por três dias, até ser transferido para um hospital improvisado em uma escola.
Após a guerra, Morita encontrou no Brasil um novo lar, onde construiu sua vida e família. Ele se tornou um respeitado relojoeiro e agora, aos 100 anos, sua história vai ganhar vida em um curta-metragem intitulado “Alma Errante – Hibakusha”.
A vida de Morita, marcada pela superação e pela luta pela paz, inspira não apenas aqueles que o conhecem, mas também gerações futuras. Sua batalha pelos direitos dos hibakushas e sua jornada de resiliência são um testemunho do poder da esperança e da perseverança.
Hoje, aos 100 anos, Takashi Morita é um símbolo de resiliência e uma lembrança vívida dos horrores da bomba atômica. Sua história é um lembrete da necessidade de buscar a paz e de nunca esquecer as lições do passado.