Relatório da PF aponta suspeitas sobre denúncia anônima na investigação da morte de Marielle Franco e levanta questionamentos sobre envolvidos.

O relatório recente da Polícia Federal revelou informações chocantes sobre a investigação da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, que abalou o país. De acordo com a PF, a denúncia anônima que levou à prisão dos ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, principal linha de investigação, pode ter sido fabricada.

A polícia aponta que a denúncia ocorreu em um momento crucial, quando o então chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro comunicou aos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão que havia perdido o controle sobre o caso. Esses irmãos foram presos sob suspeita de terem encomendado o assassinato de Marielle, enquanto o ex-chefe Rivaldo Barbosa está detido por auxiliar no planejamento do homicídio.

Um ponto chave na investigação foi a denúncia anônima registrada na Divisão de Homicídios em 2018, sete meses após os assassinatos. Essa denúncia apontava Lessa como autor do crime, além de mencionar um bombeiro militar. No entanto, a PF identificou contradições no encaminhamento dado pelo delegado Giniton Lages à informação, o que levanta suspeitas sobre a sua conduta.

Além disso, a denúncia anônima atribuiu a ordem para o crime ao ex-vereador Marcelo Siciliano, numa aparente tentativa de desviar a atenção da família Brazão. Nesse cenário de manipulações e omissões, a investigação se torna cada vez mais complexa e nebulosa.

A PF também questiona a atuação dos agentes da DH que analisaram as imagens do veículo usado no crime. A demora em identificar o carro e os possíveis erros na análise das imagens levantam dúvidas sobre a competência dos investigadores e a transparência do processo.

No entanto, Giniton Lages sempre defendeu a importância da denúncia anônima no desfecho do caso, alegando que provocou uma reviravolta na investigação. Ele justificou a demora em identificar o veículo como resultado de erros técnicos, mas a PF contesta essa explicação.

Diante de tantas reviravoltas e suspeitas, a investigação sobre a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes continua cercada de mistérios e incertezas, deixando familiares, amigos e a sociedade em busca de respostas concretas e justiça. A cada revelação, novas perguntas surgem, tornando o desfecho desse caso um desafio para as autoridades e a sociedade como um todo.

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