O setor de serviços foi o grande destaque na geração de empregos formais, com a abertura de 193.127 postos de trabalho, seguido pela indústria geral, que criou 54.448 vagas. A construção civil, o comércio e a agropecuária também contribuíram para o saldo positivo, gerando 35.053, 19.724 e 3.759 vagas, respectivamente.
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada foi de R$ 2.082,79, representando um recuo de 2,36% em relação ao mês anterior. Esses números surpreenderam a mediana das estimativas de analistas, que previam a abertura de 232,5 mil postos de trabalho.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, avaliou os dados do Caged como acima das expectativas, porém criticou a postura do Banco Central em relação ao crescimento da massa salarial e seus possíveis reflexos na inflação. Marinho chamou essa estratégia de controle inflacionário de “burra”, defendendo que a redução da taxa de juros seria mais eficaz para estimular a economia.
No acumulado dos dois primeiros meses de 2024, o saldo do Caged já é positivo em 474.614 vagas, superando o mesmo período do ano anterior, que apresentou a criação de 342.509 postos formais. Esses números positivos indicam uma melhora no mercado de trabalho brasileiro e podem influenciar as decisões do Banco Central em relação à política monetária.