O estudo, realizado pela equipe do laboratório de ciências do clima e do ambiente da Universidade Paris-Saclay, na França, por meio da plataforma ClimaMeter, analisou a onda de calor que ocorreu entre os dias 15 e 18 de março no Brasil. Os pesquisadores compararam as temperaturas desses dias com as observadas nas décadas anteriores e constataram que as ondas de calor atuais estão, em média, 1°C mais quentes do que as registradas anteriormente.
Segundo os cientistas, eventos climáticos semelhantes ocorriam tradicionalmente em novembro e dezembro, mas atualmente têm sido mais frequentes em fevereiro e março. Além disso, cidades como Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo estão até 1°C mais quentes no presente do que no passado, e a capital paulista também está vivenciando um aumento na precipitação, o que contribui para elevar o índice de calor.
Os pesquisadores destacaram a importância de medidas urgentes de adaptação, especialmente para as populações vulneráveis que vivem em áreas urbanas e que são mais impactadas por eventos climáticos extremos. Eles ressaltaram que as mudanças climáticas estão ampliando os riscos à saúde e as consequências econômicas desses eventos, e que é necessário um esforço conjunto para mitigar esses impactos.
Diante desse cenário, fica evidente a urgência de ações para lidar com os desafios impostos pelas mudanças climáticas, visando proteger a saúde e o bem-estar das comunidades afetadas por ondas de calor cada vez mais intensas e frequentes.