Após denúncias nas redes sociais, os policiais ambientais foram até o local na segunda-feira para investigar o caso. A morte da sucuri, batizada de Anajulia pelo documentarista Cristian Dimitrius, levantou suspeitas de que ela possa ter sido morta a tiros, no entanto, as causas reais ainda não foram confirmadas e estão sob análise.
Dimitrius, que acompanha cobras na região há uma década, reconheceu a cobra pelas características únicas em seu corpo. Ele contou que os guias turísticos encontraram o animal boiando próximo à cachoeira do postal e acionaram as autoridades. Juntamente com a bióloga Juliana Terra, Dimitrius tenta identificar as circunstâncias da morte da sucuri.
Juliana Terra explicou a importância da sucuri no ecossistema, especialmente as fêmeas, que são predadoras de topo de cadeia alimentar. Ela ressaltou que a Anajulia era um exemplar saudável e apto para reprodução, chamando atenção para a perda significativa que sua morte representa para a região de Bonito.
O delegado Pedro Ramalho anunciou que o animal passará por perícia para determinar as causas da morte. Caso seja confirmado que foi provocada pelo ser humano, o responsável enfrentará acusações por crime contra a fauna. Após a perícia, a sucuri será levada para Campo Grande, onde passará por um processo de embalsamamento e integrará o acervo de animais taxidermizados da corporação.
A sucuri Anajulia, que já foi destaque em reportagens e documentários, representa um símbolo para a região de Bonito. Sua presença era conhecida entre os turistas e contribuía para a conservação da espécie. A morte desse exemplar representa uma grande perda para a fauna local e um alerta para a importância da proteção dos animais silvestres.
