Segundo a investigação, a organização criminosa que teria planejado este golpe era composta por seis núcleos, dos quais Braga Netto faria parte. Ele teria sido responsável por incitar e influenciar militares a aderirem ao golpe. Uma reunião realizada no apartamento do ex-ministro, em Brasília, é considerada uma peça-chave na investigação. Durante este encontro, os participantes teriam discutido detalhes sobre o financiamento de manifestantes bolsonaristas, incluindo militares.
Além disso, a PF está investigando quem participou desta reunião, seja presencialmente ou por videoconferência. Até mesmo Maria Aparecida Villas Bôas, esposa do ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, teria participado online. Mensagens obtidas durante a investigação mostram que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro, teria ajudado a organizar protestos no Congresso Nacional e no STF, oferecendo suporte das Forças Armadas para garantir a segurança dos manifestantes.
Um segundo encontro, também em Brasília, teria sido marcado com o objetivo de arregimentar militares favoráveis ao golpe. Nesta reunião, Mauro Cid e o coronel Bernardo Romão Correa Neto teriam articulado a participação de militares das Forças Especiais do Exército. A PF suspeita que este grupo redigiu uma carta para pressionar o então comandante do Exército a aderir ao golpe após a eleição de Lula.
Durante os depoimentos prestados no mês passado, o ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército, general Estevam Theóphilo, negou ter participado deste encontro. No entanto, a PF o apontou como o “responsável operacional” por arregimentar as Forças Especiais do Exército para prender o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Theóphilo afirmou que não sabia do plano em questão.
A investigação da Polícia Federal continua em andamento, buscando esclarecer todos os detalhes e envolvidos no suposto plano de golpe de Estado tramado por alguns apoiadores de Jair Bolsonaro. A população aguarda por mais informações e esclarecimentos sobre este grave caso.