Durante as enchentes, produtos de estabelecimentos comerciais foram arrastados pelas ruas, levando moradores a procurarem por alimentos na lama para levar para casa. A situação é de calamidade, com a cidade de Mimoso do Sul cortada pelo rio Muqui do Sul, que transbordou e causou diversos estragos em sua passagem.
Das 19 mortes registradas devido às chuvas no estado, 17 ocorreram justamente nesse município. A força da enxurrada foi tão intensa que carros foram empilhados uns sobre os outros e a água chegou a cobrir o telhado de algumas residências, deixando apenas as caixas d’água visíveis.
A lama se espalhou por toda a cidade, invadindo residências e causando prejuízos ainda incalculáveis. Para amenizar a situação, retroescavadeiras estão sendo utilizadas para a remoção do entulho das ruas, enquanto caminhões com água, alimentos, kits de higiene e colchões estão chegando à região.
O governo do Espírito Santo está empenhado em identificar as vítimas fatais e providenciar o devido encaminhamento dos corpos para o Instituto Médico Legal de Cachoeiro do Itapemirim. A Defesa Civil alerta para a possibilidade de mais chuvas na região sul do estado, a mais afetada pelas tempestades, e destaca que 21 municípios apresentam risco moderado de deslizamentos de terra.
Sete abrigos foram montados em cidades da região para acolher os desabrigados, sendo que o município de Apiacá concentra o maior número de desalojados, com aproximadamente 4.000 pessoas. A previsão é de que as operações de resgate e ajuda humanitária continuem por tempo indeterminado, enquanto a população tenta se reerguer diante da tragédia que assolou a região de Mimoso do Sul.
