No domingo, as autoridades prenderam o deputado federal Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio, sob a acusação de terem planejado o crime que chocou a nação. Os envolvidos negam as acusações que pairam sobre eles.
Segundo as investigações, os irmãos Brazão fizeram uma proposta para assassinar Marielle a um ex-PM conhecido como Macalé. O pagamento pelo crime seria feito por meio de terras, com a promessa de uma grande extensão de terras que os irmãos pretendiam invadir e revender lotes. A PF considerou verossímil a versão apresentada por Lessa, apontando os irmãos Brazão como responsáveis pelo assassinato.
A investigação revelou que os acusados planejaram o assassinato por considerarem Marielle um obstáculo para as ações de milícia e grilagem. Os irmãos Brazão teriam irritado com a vereadora pela dificuldade de aprovar legislação que beneficiaria a milícia. Além disso, a PF descobriu que o delegado Rivaldo Barbosa teria agido para garantir a impunidade do caso.
Outro ponto relevante da investigação foi a presença do miliciano Laerte Silva de Lima infiltrado no PSOL em 2016. Esse infiltrado teria fornecido informações que reforçaram a impressão de Domingos Brazão de que Marielle poderia prejudicar os negócios da milícia.
Os envolvidos no crime receberam medidas cautelares, como o uso de tornozeleiras eletrônicas e a suspensão de passaportes, porte de arma e cargo público. As defesas afirmam inocência e criticam a prisão arbitrária realizada no domingo com base em presunções e declarações de criminosos em busca de redução de pena.
Com a prisão dos supostos mandantes e executores do assassinato de Marielle e Anderson, a PF considera encerrada a busca por responsáveis. A sociedade aguarda ansiosamente por mais detalhes sobre esse caso que chocou a todos.