Os investigadores apontam que Rivaldo está isolado em um presídio de segurança máxima em Brasília e nega veementemente todas as acusações contra si. O delegado era professor de direito na Universidade Estácio de Sá por 21 anos e coordenava o curso até sua prisão, o que resultou em sua demissão imediata.
Alunos que tiveram Rivaldo como professor descrevem-no como atencioso e competente, sem jamais demonstrar qualquer indício de envolvimento em atividades criminosas. A Estácio de Sá já tomou medidas para substituir o delegado como docente e garantir a continuidade das aulas.
A suposta participação de Rivaldo no assassinato de Marielle Franco está baseada na delação do ex-policial Ronnie Lessa, acusado de executar o crime. Menções a um meticuloso planejamento do assassinato pelas mãos de Rivaldo foram feitas no relatório da PF, embora as defesas de todos os envolvidos neguem as acusações.
Apesar de não ter sido notada corrupção por seus colegas policiais, a PF aponta que o delegado teria recebido vantagens indevidas durante sua atuação na Delegacia de Homicídios, além de usar suas empresas para lavagem de dinheiro. As investigações ainda indicam que Rivaldo teria tido atritos com delegados da Polícia Federal.
A carreira de Rivaldo começou na Aeronáutica, onde trabalhou por 15 anos antes de se tornar delegado. Seu currículo inclui passagens marcantes pela Polícia Civil, como a liderança na prisão do traficante Joca na Rocinha e a investigação do desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza. O processo contra Rivaldo está em andamento, mas o delegado afirma não haver irregularidades em sua conduta.