Segundo as investigações, a família Brazão é apontada como mandante do crime, sendo motivada pela ocupação e loteamento de áreas na região oeste do Rio de Janeiro. A vereadora Marielle Franco, por sua vez, defendia que essas áreas fossem destinadas a fins sociais e de moradia popular, entrando em conflito com os interesses do grupo político da família Brazão.
Durante a coletiva sobre o caso, o diretor da PF, Andrei Rodrigues, ressaltou que o assassinato de Marielle não teve apenas um motivo, mas sim diversos que envolviam a atuação da vereadora. Entre eles, questões relacionadas a milícias, disputas de território e regularização de empreendimentos na região oeste do Rio de Janeiro.
O ministro da Justiça, ao citar o relatório da PF, destacou que Marielle se opunha ao grupo político da família Brazão que buscava regularizar terras para uso comercial, enquanto a vereadora defendia sua destinação para fins sociais. De acordo com Ronnie Lessa, o planejamento do crime teve início no segundo semestre de 2017, indicando uma conspiração de longo prazo para eliminar a vereadora e silenciar suas ideias.
Essas revelações chocantes trazem à tona a complexidade por trás do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, revelando os interesses políticos e econômicos que estavam em jogo. A prisão dos envolvidos é um passo importante na busca por justiça e no esclarecimento desse crime que marcou a história do Rio de Janeiro.