Conselheiro do TCE do Rio é preso sob suspeita de ligação com a morte de Marielle Franco, mas defesa alega inocência.

O conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, foi um dos presos no último domingo (24), sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Sua defesa, no entanto, alega que Brazão é inocente e não tinha qualquer ligação com a vítima.

O advogado Ubiratan Guedes afirmou à imprensa do lado de fora da sede da Polícia Federal no Rio que não têm conhecimento das acusações feitas contra seu cliente. Segundo ele, Brazão não conhecia Marielle e, portanto, não teria motivo para estar envolvido na sua morte.

Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados em 14 de março de 2018 no centro do Rio de Janeiro. Um ano após o crime, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos, sendo que Lessa foi apontado como autor dos disparos que mataram a vereadora.

Domingos Brazão sempre negou qualquer envolvimento com os assassinatos de Marielle e Anderson. Mesmo quando as atenções se voltaram a ele após uma delação feita por Ronnie Lessa, sua defesa já havia refutado qualquer ligação do conselheiro com o crime.

A defesa de Brazão emitiu uma nota neste domingo, afirmando que o conselheiro sempre esteve à disposição das autoridades e foi surpreendido com a prisão. A nota ressalta a inexistência de motivos que o vinculem ao caso e destaca que delações não devem ser tratadas como verdades absolutas.

Brazão iniciou sua carreira política em 1996, quando foi eleito vereador. Posteriormente, em 1998, foi eleito deputado estadual pela primeira vez e, em 2015, tornou-se conselheiro do TCE. Em 2017, foi temporariamente preso na operação Quinto do Ouro, um desdobramento da Lava Jato no Rio, mas posteriormente retornou ao cargo após uma decisão favorável da Justiça. A situação atual de Domingos Brazão deixa em alerta as autoridades e a população, aguardando os desdobramentos e esclarecimentos sobre o caso.

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