De acordo com o pesquisador e membro da plataforma científica MapBiomas, Eduardo Reis Rosa, o Pantanal está passando por uma seca extrema em um momento que deveria estar em sua plenitude aquática. A situação pode ser comprovada pelos registros da régua de Ladário, que monitora o nível do rio Paraguai, principal responsável pelas cheias no bioma. Comparando com o ano anterior, a diferença nos níveis dos rios é alarmante.
A expectativa de uma possível mudança na situação é baseada no fim do El Niño e na possível chegada do fenômeno La Niña, que costuma trazer chuvas para parte do Brasil e contribuir para a queda das temperaturas. No entanto, a atuação desse fenômeno no Pantanal é incerta, como aconteceu em 2020, quando sob a influência do La Niña o bioma enfrentou um dos piores incêndios de sua história.
O biólogo Gustavo Figuerôa, da ONG SOS Pantanal, acredita que esta seca pode ser a pior da história do bioma. As imagens mostram a secura do rio Miranda, situado em Bonito (MS), ilustrando a gravidade da situação. Figuerôa cobra ação das autoridades e destaca a necessidade de um plano de manejo integrado do fogo para prevenir incêndios na região.
A analista ambiental Cyntia Santos ressalta a importância das brigadas pantaneiras e dos investimentos em equipamentos para combater os incêndios. O governo de Mato Grosso do Sul já está tomando providências para lidar com a situação, incluindo a possibilidade de decretar situação de emergência. No entanto, a falta de chuvas e as altas temperaturas agravam a situação, aumentando a preocupação com os incêndios florestais na região.
Diante desse cenário desafiador, é essencial que as autoridades tomem medidas eficazes para proteger o Pantanal e garantir a preservação desse importante bioma brasileiro. A conscientização e o trabalho conjunto são fundamentais para enfrentar os desafios causados pela seca extrema e minimizar os impactos no ecossistema pantaneiro.
