Esses números revelam uma queda em relação aos últimos cinco anos, já que em 2019 a proporção de jovens nessa situação era de 22,4%. Das pessoas entre 15 e 29 anos, 15,3% estavam trabalhando e estudando, 25,5% estavam apenas estudando, 39,4% estavam trabalhando sem estudar, e 19,8% não estavam envolvidos nem no mercado de trabalho nem nos estudos.
Uma das principais razões apontadas pela pesquisadora Adriana Beringuy, do IBGE, para a redução do número de jovens “nem-nem” nos últimos anos foi a demanda do mercado de trabalho. Ainda de acordo com a pesquisa, a taxa de escolarização das pessoas de 18 a 24 anos em 2023 foi de 30,5%, um número semelhante ao do ano anterior.
Além disso, um dado preocupante é que 9 milhões de jovens brasileiros entre 14 e 29 anos não completaram o ensino médio, sendo a necessidade de trabalhar apontada como o principal motivo para o abandono ou não frequência escolar. Em 2023, 41,7% dos entrevistados alegaram a necessidade de emprego como motivo, seguido por falta de interesse em estudar (23,5%).
Outro ponto relevante destacado pela pesquisa é a disparidade entre rede pública e privada de ensino, principalmente no ensino superior, onde a maioria dos estudantes estão matriculados em instituições privadas. Em 2023, 73,9% dos universitários frequentavam uma instituição de ensino privada.
Portanto, os dados da PNAD Educação apontam desafios a serem enfrentados no que diz respeito à educação e ao mercado de trabalho para os jovens brasileiros, destacando a importância de políticas públicas que incentivem a formação e a inserção desses jovens no cenário social e profissional do país.