O fechamento do Índice Bovespa na quinta-feira registrou uma queda de 0,75%, chegando aos 128.158,57 pontos. Esse movimento negativo no pré-mercado de Nova York está sendo influenciado pelo tom “dovish” do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. Os investidores estão atentos aos próximos comentários dos dirigentes da autoridade monetária americana, especialmente do presidente Jerome Powell, previstos para hoje.
As expectativas são de que Powell reforce a possibilidade de três cortes nos juros nos EUA, com a primeira redução iniciando em junho. No entanto, o diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart XP, André Meirelles, ressalta a importância de um processo responsável nesse sentido, para evitar riscos como a deterioração da inflação.
Além das questões relacionadas aos juros nos Estados Unidos, o mercado também está de olho no cenário fiscal interno. O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do governo federal, divulgado recentemente, será crucial para avaliar a possibilidade de cumprimento da meta fiscal de déficit zero em 2024.
As incertezas fiscais têm sido um fator limitador para a queda da Selic, a taxa básica de juros no Brasil. O mercado também está atento à safra de balanços das empresas brasileiras, com resultados do quarto trimestre de companhias como Sabesp, Cemig, CPFL, Qualicorp e Even sendo divulgados.
No momento, o Ibovespa apresenta uma queda de 0,20%, operando aos 127.825,04 pontos. O mercado também observa um ajuste para baixo nos juros futuros e a valorização do minério de ferro em Dalian, na China. A evolução desses fatores ao longo do dia pode influenciar o desempenho do mercado financeiro.
