Segundo a SPE, o impacto do fenômeno El Niño sobre a inflação de alimentos, etanol e tarifas de energia elétrica foi menos intenso do que o inicialmente esperado. Além disso, reajustes recentes de preços monitorados ficaram abaixo da expectativa, contribuindo para a revisão da projeção de inflação para baixo. A desaceleração da inflação nos serviços também influenciou na redução da estimativa.
Para 2025, a estimativa da inflação avançou de 3% para 3,1%. A SPE também revisou as projeções de crescimento por setor produtivo. Enquanto a projeção de crescimento da agropecuária passou de 0,5% para queda de 1,3%, a previsão para os serviços aumentou de 2,2% para 2,4% em 2024. Já para a indústria, a previsão subiu de 2,4% para 2,5%. A SPE espera um crescimento em torno de 2,5% a partir de 2025.
Essas estimativas são utilizadas no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado nesta sexta-feira (22). O relatório traz previsões para a execução do Orçamento com base no desempenho das receitas e na previsão de gastos do governo, levando em consideração o PIB e a inflação. Com base no cumprimento da meta de déficit primário e do limite de gastos do novo arcabouço fiscal, o governo realiza bloqueios em alguns gastos não obrigatórios.