Corte tímido da Taxa Selic recebe críticas do setor produtivo e das centrais sindicais pela falta de ousadia do Banco Central

A recente redução da Taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual foi alvo de críticas por parte do setor produtivo. Entidades da indústria e centrais sindicais solicitaram mais coragem por parte do Banco Central na hora de cortar os juros, argumentando que o corte de 0,5 pontos é insuficiente para impulsionar a economia.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou em nota que a inflação controlada permitiria reduções maiores nos juros, o que resultaria em crédito mais barato para investimentos e estimularia a reindustrialização. O presidente da CNI, Ricardo Alban, ressaltou a importância do Banco Central compreender a realidade brasileira e contribuir para a redução do custo financeiro enfrentado pelas empresas e consumidores.

Por outro lado, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) pediu que o Banco Central mantenha o ritmo dos cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões do Copom, expressando preocupação com os efeitos da taxa ainda elevada sobre a economia e a indústria.

As centrais sindicais também criticaram a decisão do Banco Central, apontando que o nível alto da taxa de juros prejudica a recuperação da economia. Para elas, a queda de 0,5 ponto na Selic é considerada tímida e insuficiente para impulsionar o consumo, gerar empregos, melhorar o PIB e distribuir renda. A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, e o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, enfatizaram a necessidade de uma postura mais ousada do Banco Central para trazer benefícios significativos ao setor produtivo.

Diante dessas críticas e demandas, o ambiente econômico permanece sob escrutínio, com diferentes atores buscando influenciar as decisões do Banco Central para impulsionar o crescimento e a recuperação econômica do país.

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