Aprovado em primeira fase reajuste de 2,16% para servidores públicos em São Paulo após sessão agitada na Câmara Municipal.

Na última quarta-feira (20), a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em primeira fase, o reajuste de 2,16% para os servidores públicos do município. Essa sessão foi marcada por intensas discussões e debates entre os vereadores, que resultaram em 38 votos favoráveis e 15 contrários à proposta apresentada pelo Executivo.

João Alberto Rodrigues de Souza, vice-presidente do Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo, afirmou que a classe está insatisfeita com o aumento e que seguirá em greve, realizando também um protesto em frente à Secretaria Municipal de Educação na próxima segunda-feira (25). Além disso, a vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL) criticou a proposta, argumentando que o município possui uma reserva considerável em caixa que poderia ser utilizada para uma recomposição salarial mais justa para o funcionalismo público.

Durante a sessão, os vereadores da base do governo defenderam o reajuste de 2,16%, argumentando que ele está de acordo com a lei de responsabilidade fiscal e cobre a inflação do período. No entanto, a tensão aumentou ainda mais quando os legisladores debateram outro projeto que garantia um reajuste de 4,5% para os servidores do Tribunal de Contas do Município (TCM), referente ao período de março de 2023 a fevereiro de 2024, que foi aprovado de forma simbólica.

Os servidores, acompanhados por um caminhão de som, manifestaram sua insatisfação com o índice de aumento, chegando a interditar a rua em frente à Câmara Municipal. Enquanto isso, a gestão de Ricardo Nunes defendeu a proposta, alegando que ela contempla a inflação apurada entre maio de 2023 e fevereiro de 2024, de acordo com o IPC-Fipe, e destinou mais de R$ 5 bilhões para a valorização dos servidores nos últimos anos.

A greve dos professores da rede municipal, que teve início na quinta-feira (14) e já conta com a adesão de cerca de 3% das escolas, incluindo as conveniadas, também foi um dos temas discutidos durante a sessão. Os professores reivindicam, além do aumento salarial, o fim do pagamento por subsídio e a incorporação de 39% do abono complementar ao piso salarial.

Diante dessas discussões acaloradas e greves em andamento, a segunda fase da votação do reajuste de 2,16% para os servidores públicos de São Paulo promete ser igualmente intensa e decisiva para o desfecho dessa questão.

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